É sabido que a
Constituição Federal não é cumprida pelo estado brasileiro, o
qual ignora seus deveres constitucionais na educação, saúde e
tantas outras áreas de interesse público. Está tudo fartamente
comprovado nas milhares (talvez milhões) de sentenças transitadas
em julgados, em que a Administração Pública foi obrigada a tratar
o cidadão com dignidade na educação, saúde etc. O que deveria fazer os governantes repensarem seu modo de agir, não desperdiçando recursos públicos.
Isso, porém, não
impediu que o Governo Federal desviasse dinheiro do contribuinte para
que o coordenador
de novas mídias e outras linguagens de participação,
da Secretaria Geral da Presidência, Ricardo Augusto Poppi, viajasse
a Havana numa viagem sem interesse público algum, num caso em que
ele tornou-se suspeito de praticar espionagem contra a cubana Yoani
Sánchez e contra o Brasil.
Ainda que não fique cabalmente comprovada a traição à soberania nacional, está mais do que comprovado o desvio de dinheiro público,
visto que constitui desvio de finalidade o poder público patrocinar
viagem de servidor para que ele discuta liberdade de expressão com o
governo tirânico de Cuba, que nada tem a ensinar ou debater sobre o assunto.
Seguem
abaixo informações divulgadas pelo site Contas Abertas:
“19/02/2013, por Gabriela Salcedo
Poppi
recebeu R$ 5 mil para diárias em Cuba, dias depois da reunião
difamatória contra Yoani
O
servidor da Secretaria Geral da Presidência, Ricardo Augusto Poppi
Martins, recebeu da União R$ 5.095,10 para se hospedar em Havana,
capital de Cuba, sete dias após ter participado de reunião na
embaixada cubana em Brasília, quando foi distribuído CD com
conteúdo difamatório sobre a bloggueira Yoani Sánchez.
Martins
trabalha na Secretaria desde maio de 2011 e ganha cerca de R$ 6,8 mil
brutos mensalmente para exercer o cargo de Coordenador de Novas
Mídias e outras Linguagens de Participação. Ele viajou a Cuba no
dia 10/02 e reservou hospedagem em hotel por oito dias, recebendo
para tal diárias de U$ 320. Na ordem bancária obtida Siafi (Sistema
Integrado de Administraçao Financeira da Secretaria do Tesouro
Nacional) não está descrita a natureza da viagem.
A
Secretaria confirmou que o servidor participou, quatro dias antes de
viajar, no dia 6 de fevereiro, de uma reunião na embaixada cubana,
em Brasilia, quando o foi entregue um CD que continha informações
sobre Yoani Sánchez. Entretanto, conforme reportagem do periódico O
Globo (19/02/13), o órgão não informou o conteúdo do disco e
apenas se limitou a dizer que Martins foi a Cuba participar de um
seminário sobre redes sociais, sem relação com a reunião.
O
Contas Abertas solicitou à Secretaria Geral da Presidência uma
cópia do CD entregue ao servidor, porém, até o fechamento desta
reportagem, o material não foi encaminhado.
Já
a revista Veja, que teve acesso ao CD, afirma que o conteúdo é
difamatório e que a reunião foi coordenada pelo embaixador de Cuba,
Carlos Zamora Rodríguez e pelo conselheiro político da embaixada,
Rafael Hidalgo, junto a alguns representantes de organizações
políticas do PT, PCdoB e CUT. A reunião teria como objetivo
disseminar fatos supostamente negativos relacionados à blogueira.
(...)”
Fonte:
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